Pages

Páginas

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A Igreja Católica não necessita de fiéis incoerentes e nem de sacerdotes medíocres, diz D. Manuel Clemente



Porto, 09 jul 2012 (Ecclesia) – A Igreja Católica não necessita de fiéis incoerentes com as suas convicções nem de sacerdotes medíocres, vincou no domingo o bispo do Porto, D. Manuel Clemente, na missa em que ordenou oito padres e dois diáconos.
“Do que menos precisamos é de um sacerdócio chão e de cristãos indefinidos”, afirmou o vice-presidente da Conferência Episcopal na homilia da celebração realizada na sé portuense.
D. Manuel Clemente frisou que os padres se devem distinguir na sociedade: “A quem vos disser que ‘tendes de ser como os outros’, respondereis redondamente que não, porque preferistes ser para os outros”.
“A quem vos disser que ‘o padre há de ter a sua vida, como toda a gente tem direito a tê-la’, respondereis que não, pois vos desapossastes de vós, para que Cristo vos preencha inteiramente com a sua vontade e o seu afeto, assim chegando a todos os que precisam, sobretudo aos que menos são queridos e amados”, sustentou.
O bispo do Porto acentuou também que os planos individuais dos sacerdotes devem submeter-se à hierarquia eclesial: “Quando as ideias individualmente surgirem e os projetos particulares se esboçarem, também lembrareis – a vós e porventura a outros – que Cristo nos reuniu em Igreja e os apóstolos não caminharam sozinhos”.
O clero deve contar com “resistências” às suas palavras e ações: “A disposição habitual é para fazermos as coisas à nossa maneira e a vontade do ‘mundo’ é de ser satisfeito, mesmo religiosamente satisfeito, para se garantir a seu gosto”, assinalou.
O prelado apelou à doação e humildade dos novos padres e diáconos ao lembrar os evangelhos ensinam a “insubstituível lição duma vida que apenas se garante quando se entrega” e “um modo de ser e aparecer que não se impõe nem ofusca, permanecendo na verdade das coisas simples e na preferência dos últimos lugares”.
“Neste momento único das vossas vidas todas (…) vós acrescentais realismo pessoal à realidade absoluta da presença de Cristo no mundo”, que “poderá fazer milagres” através dos novos diáconos e presbíteros, afirmou.
A fé que rejeita novas perspetivas é um obstáculo ao “mundo de Deus”, que “nunca acontecerá” enquanto permanecer preso aos seus “particularismos”, como acontece com os fiéis que se fixam na sua “terra”, no seu “sangue” e nos seus “mortos”, “motivos consideráveis mas pesados duma ‘religiosidade’ que tarda em sair si mesma”, referiu.



quinta-feira, 5 de julho de 2012

Criando uma geração de doentes


Padre Inácio José do Vale, OSBM


O médico Gabor Maté formulou em seu livro “Scattered Minds” uma tese assustadora: pais ausentes, uma mentalidade forjada na internet e por estímulos curtos e transitórios, a ausência de conexão com a natureza, mais drogas, lícitas e ilícitas estariam afetando os centros cerebrais associados com senso moral, insights e a noção de responsabilidade. A explosão do chamado bullying e da depressão, inclusive a infantil, seriam apenas alguns dos sintomas. O doutor Maté chegou à conclusão de que estamos criando uma geração com menores recursos neurológicos para sentir pelo outro (1).

Dr. Gabor Maté, nasceu em Budapeste, Hungria e é médico no Canadá que se especializa no estudo e tratamento da toxicodependência e também é amplamente reconhecido por sua perspectiva única sobre Transtorno de Déficit de Atenção e sua firme convicção na conexão entre a mente e a saúde do corpo.

AUMENTO MUNDIAL DAS DOENÇAS

“Apesar de impressionantes avanços médicos em muitas áreas de saúde”, diz um artigo no boletim Synergy, da Sociedade Canadense para a Saúde Internacional, “as perspectivas mundiais para a saúde mental são sombrias”.
Um relatório conclui que 1 em cada 4 pessoas no mundo sofre de distúrbios mentais, emocionais ou comportamentais. Outro estudo indicou que 1 de cada 3 pacientes que consultam um profissional da área de saúde sofre de depressão ou ansiedade. E segundo os pesquisadores, esses números estão aumentando.
Por quê? Um estudo realizado pelo departamento de Medicina Social da Universidade de Havard diz que está aumentando o número de doenças como depressão clínica, esquizofrenia e demência porque “mais pessoas vivem até a idade de risco”. Mas viver mais tempo não é a única razão. Os problemas econômicos também são culpados, assim como o aumento do estresse na vida moderna.
Como mudar esse quadro desanimador? Entre os muitos aspectos envolvidos nos cuidados da saúde mental porque ela “representa uma das últimas fronteiras para melhorar a condição humana”. Cuidar da saúde mental, emocional e espiritual é a meta radical para felicidade abissal.

NO BRASIL

“Para 46 milhões de brasileiros, segundo dados do Ministério da Saúde, a depressão é uma realidade: 20% a 25% da população já tiveram ou têm depressão ao longo da vida. A incapacitação profissional, a falta de interesse e de motivação para participar de atividades sociais rotineiras e de ter prazer nas coisas de que gostam e com as pessoas que amam  transformam dramaticamente o cotidiano dessas pessoas, o de seus familiares e amigos, trazendo conseqüências devastadoras. Essa falta de capacidade de se relacionar tem efeitos profundos e duradouros, que dificultam a reinserção social dos que tentam se recuperar de um episódio de depressão,” afirma o Dr. Antonio Geraldo da Silva que é presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) (2).
O Brasil está à frente de países como Inglaterra, Irlanda e Alemanha em ocorrência de transtornos psiquiátricos em menores de idade. Nosso país tem 1,8 milhões de portadores de doentes mentais e novos 50 mil casos são diagnosticados anualmente (3).

CONCLUSÃO

Aplicação sistemática da alienação, manipulação, condicionamento e da escravidão holística pela elite governamental, os donos do poder, visam tão somente o lucro pelo mercado de fantoches. Estes são gados levados ao matadouro. A elite dominante mundial considera o povo como gado, ou seja, a mercadoria mais lucrativa do planeta.
Toda máquina do sistema é usada para indústria da boçalidade, da virtualidade infernal, das doenças, da pornografia, da violência e da cultura de morte.
Os senhores do poder tem no sangue esse sistema como religião. Os três principais dogmas deles são: o capital, a arte do engano e a luxúria. Essa é a trindade do domínio que faz a elite perpetuar no controle do poder econômico e religioso. Do alimento ao entretenimento virtual, o sistema impera no tormento mental.
Tenhamos muito cuidado para não sermos usados como ferramenta desse sistema para oprimir, adoecer e excluir o nosso semelhante.
As sábias e competentes autoridades civis, militares e eclesiásticas não sejam algozes para seus subordinados.

“Trate as pessoas com delicadeza porque a vida é tarefa difícil para todos”, aconselha o filósofo grego Platão.

Pe. Inácio José do Vale
Professor e Conferencista
Sociólogo em Ciência da Religião
Mestre em Psicanálise Educacional

Notas
(1) Istoé, 30/03/2011, p.68.
(2) O Globo, 24/06/2012, p.7.
(3) O Globo, 29/03/2012, p.7.

domingo, 1 de julho de 2012

Subsídio Eaí? Tchê!



Fica atento às últimas notícias e baixe os subsídios do Eaí? Tchê!, acessando:

www.eaitche.com.br