Revolução Sexual e Televisão - Desligue sua TV
Reproduzimos aqui o trecho do
livro Desligue sua TV, de Lonnie Wolfe, que fala sobre a revolução sexual
ocorrida através da televisão.
Alertamos que ele já foi publicado há
alguns nos EUA e portanto é de grande importância para compreendermos o ‘como’
nós chegamos a programas tão decadentes na televisão e pedir que os pais tirem
os filhos da frente da televisão, mas sem palmada, pois é crime (em breve,
postagem sobre isso).
“Finalmente, deixe-nos voltar nossa atenção
para um das mais discutidas questões acerca da programação da televisão: sexo difundido
no conteúdo dos programas. Um movimento através do seletor de canais se faz
evidente que há uma abundância de toda espécie de sexo que imaginaria sobre o
vídeo, e que não é mostrado explicitamente no horário nobre em rede, é implícito
no diálogo. Mas não foi sempre deste modo. Novamente, nós veremos como as
imagens tem variado, para um nível progressivamente mais degradado.
Retornemos aos anos 50 novamente, quando a
"lavagem cerebral" da explosão de bebês se iniciava. Nos programas de
televisão primitivos, não havia representação de qualquer atividade sexual e
quase nenhuma discussão da matéria. Aqueles programas antigos presumidamente
apresentavam "todas" situações familiares, pelo menos se você
acredita o que alguns dos críticos da televisão de hoje agora nos diz. Mas a
mensagem da "lavagem cerebral" era mais sutil. Não se confiava na
imagem visual ou diálogo.
É importante nós façamos alguma distinção
entre "amor" e "sexo". A realidade que a gente focaliza
sobre o "sexo" ou "atividade sexual" quase sempre reflete
um aviltamento das emoções fundamentais para o mais carnal. Devemos traçar uma
distinção entre o que é comumente chamado "sexo" ou "amor",
e o conceito do amor Cristão, conhecido como comunhão. Homem, diferente da
besta, pode experimentar o amor, no seu sentido mais profundo, separado da
ânsia instintiva dos animais, e para experiência de tal amor é pleno de êxtase.
Não há separação da mente para tais
emoções, nenhuma cisão entre emoção e razão, neste sentido mais fundamental do
conceito do amor ou comunhão. Neste conceito de amor, como no amor do homem por
Deus, que é a emoção fundamental, que verdadeiramente faz o homem humano. Dizer
que toda sociedade humana é baseada fundamentalmente no amor humano de Deus e
de seu semelhante não é incorreto.
Reduzir o amor a uma simples emoção, e
ajudar a reduzir para atração sexual, é uma degradação do homem. O paradigma Freudiano
e todos seus derivativos negam a existência do amor que é qualquer coisa diferente
do carnal ou romântico. Qualquer outra espécie de amor e definido como
neurótico, o produto de uma negação dos instintos basicamente animal dos
homens. No sistema Freudiano, comunhão tem sido substituída por Eros, cuja
ânsia carnal deve determinar todas as relações humanas. Não há melhor exemplo
da comunhão do que o amor e alegria que um pai experimenta vendo o desenvolvimento
de seu filho (a) para um ser humano racional. As lágrimas de alegria que vem
aos olhos dos pais quando veem um filho compreender alguma coisa pela primeira
vez são indicativo de uma experiência emocional profunda. Esta experiência
emocional fundamental coloca o homem no contato com sua identidade humana.
O objetivo dos "lavadores de
cérebros" é destruir a comunhão, usando a televisão como sua arma. Durante
um período de diversas gerações, a televisão guia o homem para destruir a
Comunhão, e colocando como escravo de Eros.
Como declaramos, a televisão primitiva não
era de nenhum modo sexualmente explícita ou igualmente implícita: A
predominante moralidade dentro da sociedade, embora enfraquecida pela atividade
hedonística (NT: busca do prazer a qualquer preço), ainda não toleraria aquilo.
Ao contrário, o que era apresentado eram noções românticas ou nenhuma noção do
amor de qualquer forma. Além disso, estudos feitos durante este período
primitivo revelavam que a televisão reforçava os conceitos infantis acerca de
que "meninos se encontram com meninas" e "paixão", os
quais, por sua vez, reforçavam "conhecimento comum" entre crianças e
adolescentes acerca das relações humanas. A turma da Escola de Frankfurt
concebeu isto não apresentando nenhum conceito positivo de amor, eles estavam
ajudando a "passar o pano para limpar o quadro", deixando a porta
aberta para as imagens da maior degradação um pouco mais tarde.
Mas há um outro lado que ataca a comunhão,
um com uma mensagem mais invisível. Emery e outros estudando a televisão primitiva
constataram que programas como "Papai sabe tudo", "Ozzie e
Harriet", e "Leave It to Beaver", tem um efeito secundário sobre
os telespectadores infantis. Os pais ficcionais eram retratados como
"perfeitos", sem falhas. As situações no mundo irreal eram realmente
solucionadas tão perfeitamente. A tensão era então criada entre a imagem dos
"pais perfeitos" que apareciam sobre o vídeo e os pais reais que
viviam nos lares das crianças: O último nunca estaria altura do outro.
Entretanto, os pais, que assistiam estes
programas com seus filhos, estavam vendo imagens de meninos que não eram nada semelhante
ao real: Eles eram muitos "bons", tão bem comportados, tão
respeitosos. Quando tentavam comparar seus próprios meninos com os filhos do
tubo de imagens, eles achavam os seus deficientes.
Os "lavadores de cérebros"
perceberam que isto era a primeira geração cujas imagens de pais e filhos
estavam entrando em conflito com a realidade. Uma conclusão óbvia pode ser
determinada: a mensagem da programação da televisão primitiva retornava na guerra
de gerações no final dos anos 60, quando a tensão explodiu em fúria e
violência.
Como a explosão de bebês atingiu a
adolescência, foram bombardeadas com notícias, as imagens mais degradantes do
"amor", e "fazendo amor", as quais eram para preparar o
caminho para as próxima fases da "revolução sexual". Somente 10 anos
antes, as imagens e situações de "Amor, estilo Americano" ou
"MASH" seria impensável colocar na televisão.
Uma nova imagem começou a entrar em cena:
a separação de pai, mãe e filhos, a unidade fundamental pela qual a sociedade é
reproduzida. No inicio da década de 1970, programas que apresentavam mães
solteiras, casos extra conjugais, adultério, pessoas "vivendo juntas"
fora dos laços do casamento eram muito difundidos. Sexo e referência sexual estavam
no horário nobre.
Um estudo foi feito comparando uma semana
de programas de horário nobre durante 1975,1977 e 1978, os quais mostram como rapidamente
a lascívia da América estava expandindo-se: "Conforme o contexto subentendido,
as relações sexuais aumentavam de nenhuma ocorrência semanal em 1975 para 15 em
1977 e 24 em 1978; alusões indiretas sexuais aumentaram na frequência de cerca
de uma por hora em 1975 para 7 em 1977 e para 11 em 1978. Mais dramaticamente,
as referências verbais de relações sexuais aumentaram de 2 ocorrências em 1975
para 6 referencias em 1977 para 53[!] em 1978...".
Não é apenas o montante de sexo mostrado e
referenciado na televisão, mas a mensagem que o acompanha. Por exemplo, no período
primitivo da televisão, que nós definiremos para os nossos objetivos como antes
da temporada de 1969, um estudo dado por uma equipe de pesquisa e publicado no
excelente livro fonte "América assistindo TV (Watching America)",
mostrou que 38 por cento dos programas "apresentavam casos extraconjugais
como errados". A proporção caiu para 7 por cento depois de 1970. Antes de
1970 nenhum dos programas retratavam sexo para recreação aceitável sem
classificação (NT: nos EEUU as próprias televisões fazem uma classificação dos
programas para o horário nobre). No mundo agitado do horário nobre dos anos 70
e 80, 41 por cento dos programas assistidos representavam sexo divertido como
aceitável sem classificação(restrição de horário, idade etc), e 33 por cento
não fizeram nenhum julgamento moral.
O mesmo livro comenta: “Sobre o vídeo da
TV, sexo é habitualmente sem consequência, sem preocupação e raramente uma experiência
má”.
As imagens do anos 70 estão retornando com
vingança nos anos 8"0 e 90. Há um importante ponto ser dito aqui. Enquanto
as mudanças nos valores não ocorrem do dia para noite, elas estão ocorrendo no
passo progressivamente mais rápido. Isto faz com que os efeitos cumulativos da
"lavagem cerebral" da televisão torne progressivamente a população amoral
e imoral. Com o colapso da moralidade e sua derrubada, há menos resistência a
sugestão no indivíduo.
Os autores de "América assistindo
TV" adicionam a visão de Eros a Televisão (NT: Eros Deus da mitologia
Grega mentor do desejo sexual), e que a mensagem é que a televisão fornece as
vítimas para a "lavagem cerebral": "Hoje a televisão é tanto
disposta a falar sobre sexo como dizer a verdade acerca de como a comunidade de
Hollywood vem a verdade. Que a verdade é brutal, que o sexo é importante,
necessita ser tratado em todas as suas expressões, e que retirá-lo do entretenimento
popular estaria fazendo um desserviço a audiência de massa. De fato os reais
vilães sobre a programação que se ocupa com os problemas sexuais são... a
maioria moral que negaria ao romance sua expressão física natural, restringe a
livre expressão e informações muito necessárias, ou condenam as vítimas sociais
diferentes semelhantes aos gays e prostitutas que não são diferentes do resto de
nós, exceto numa consideração menor -- suas vidas sexuais. Como o sexo
extraconjugal, é um fato da vida, para o que uma diversão popular seria tola
ignorar ou tratar moralisticamente de
acordo com padrões fora de moda".
Eles comentam que a televisão, com seu
poder, não necessita ser direta na sua defesa: "Como forma de conduzir um entretenimento
de massa a televisão raramente monta barricadas. Ao contrário derruba barreiras
uma por uma, estendendo gradualmente os limites da aceitabilidade social".
O modo satisfatório que esta "lavagem
cerebral" tem funcionado e refletido em alguns relatórios do Bureau do
Censo, baseado nos dados de 1990.
-Cerca de 61% de todos adultos são
casados, comparado com 72% em 1970.
-Em 1970, 85% de todas as crianças de
menos de 18 anos viviam com os dois pais; agora somente 72% o fazem. O divorcio
causou 37% dos lares com um só pai (mãe). Em 33% de lares com um só pai(mãe), o
pai(mãe) nunca casou. Na reflexão sobre o infantilismo que agora assola a
sociedade, estes relatórios também mostram que um grande número de jovens com a
idade entre 20 e 30 anos continuam vivendo no lar com seus pais maior que
qualquer tempo em história recente, seja sozinho ou casado e por circunstâncias
econômicas.”
Extraído de 'Desligue sua TV', de Lonnie Wolfe.
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